Saudações harmoniosos leitores!
Trago até vocês hoje uma matéria informativa a respeito de um dos elementos mais importantes para uma excepcional sessão de cinema doméstica: o som!
Gostaria de começar com este post sobre a história do DTS!
DTS (sigla para Digital Theater Systems) é tanto uma família de formatos de áudio multicanal e o nome da empresa que os criou para fins comerciais domésticos ou teatrais. É usado em filmes, em DVD, e durante os últimos anos várias mídias foram criadas com esse formato de som. Tem como seus principais concorrentes os formatos criados pela Dolby.
Tecnicamente, seu significado é diferente entre doméstico e comercial/teatral: o primeiro é um formato sofisticado de compressão perceptiva híbrida e compressão de sinal-redundância, enquanto o segundo é um sistema de compressão tradicional ADPCM.
História
Um dos investidores iniciais na Digital Theater Systems foi o diretor Steven Spielberg, por entender que os sistemas multicanais da época não tinham qualidade suficiente (na opinião dele). Assim, em 1991, quatro anos depois da Dolby Labs (principal concorrente da DTS) ter iniciado o desenvolvimento do Dolby Digital, começava o desenvolvimento do padrão DTS.
Os rivais
A estréia do DTS no cinema ocorreu em 1993, com o filme Jurassic Park.
Imagina o urro desse bicho em DTS?!?
A versão básica e mais comum do formato (DTS) é a de 5.1 canais, suportando 5 canais primários e 1 de graves, referido a LFE (Low Frequency Effects – Efeitos de Baixa Freqüência).
Outra variante do DTS 5.1 é o suporte de até 7 canais primários de áudio (DTS-ES), ou seja, 6.1 (matrix ou discreto) lançado por volta de 2000. Mais recentemente foi lançado o DTS HD com nada menos que 8 canais (7.1) bastante utilizados em Blurays.
Os principais competidores do DTS em áudio multicanal são o Dolby Digital e SDDS, contudo, somente Dolby Digital e DTS são usados em DVDs e implementados em home theaters.
Spielberg inaugurou o formato em 1993 com seu filme Jurassic Park, alguns anos depois da inauguração oficial da Dolby Digital com Batman Returns. Jurassic Park tornou-se também o primeiro home vídeo a conter DTS sound quando foi lançado em Laserdisc em janeiro de 1997.
Como funciona o DTS nos cinemas?
Quando um filme é realizado em DTS, sua trilha sonora e todos os efeitos sonoros são armazenados em dois CDs.
A sala é equipada com CD Players e um decodificador que ficam sincronizados ao filme por meio de um sensor ótico acoplado ao projetor. O filme possui um código de tempo (time code em inglês) que é lido pelo sensor e transmitido a um computador que faz a sincronização.
O som então é distribuido em seis canais independentes de som e distribuídos pelo decodificador pelas caixas de som da sala.
Distribuição das caixas no cinema. Fonte: HowStuffWorks
Como funciona o DTS em casa?
Quando o assunto é assitir ao seus filmes em DVDs/BDs o funcionamento do DTS é parecido com os equipamentos do cinema. Sendo que a palavra-chave nessa história é HOME THEATER.
Se vocês quiserem saber tudo sobre o funcionamento dos sistemas de Home Theater, eu recomendo a excelente série de posts que está sendo produzida pelo Julian, nosso novo colaborador do BJC, que iniciou-se pelo assunto receivers, neste post.
Como o Julian vai destrinchar todo esse mundo para nós vou parar por aqui.
Concluindo, espero que vocês tenham gostado desta pequena compilação de informações.
Vida Longa e Próspera
Edição de Jurassic Park em DVD com DTS nos EUA (sem legendas em português):
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