Cinco decisões para popularizar o Blu-ray em 2009

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O Blog do Jotacê lista hoje cinco estratégias para popularizar a mídia do raio azul no Brasil já no ano de 2009. Não queremos ensinar o padre a rezar a missa, mas sim abrir os olhos de algumas produtoras que estão esperando a popularização cair do céu (e acreditem, isso não vai acontecer do jeito que as coisas estão). A nossa visão é a dos consumidores, obviamente, mas não ignoramos tudo o que envolve as vendas de homevideo no varejo brasileiro. Juntamente com essas medidas, os preços dos players também devem cair se mais pessoas começarem a perceber que o custo da mídia cabe no seu bolso (passo importante para a massificação do equipamento).

Lá vamos nós:

1 – BAIXEM OS PREÇOS!
Não adianta. O preço é o maior inimigo do novo formato no país. Se vocês quiserem popularizar o formato, terão que sacrificar suas margens de lucro (que vamos combinar, estão lá nas alturas). Não queremos BDs a preço de DVD (agora não, um dia quem sabe), mas Blu-ray com um disco por R$90/100 não dá mais! Olhem para a Paramount e tentem fazer algo parecido. Se ela consegue vender duplos por R$90 e box por R$130, vocês (Disney e Warner, principalmente) também conseguem!

2 – PROMOÇÕES 3×2!
Já está na hora de termos promoções em Blu-ray! Juntem alguns títulos com o mesmo tema e montem pacotes de dois ou três BDs com preço reduzido. Funcionou com o DVD, vai funcionar com o BD! A 2001 fez uma promoção semelhante em janeiro onde cada título acabava custando R$60 e a Fox nem faliu por causa disso (pelo contrário, a promoção foi um sucesso).

3 – MAIS VISIBILIDADE!
Nenhum produto se populariza ficando “oculto”, sendo vendido apenas em lojas online ou físicas como Saraiva ou Livraria Cultura. Precisamos de Blu-rays nas Lojas Americanas (Express inclusive) e supermercados das grandes redes (Wall-Mart e Extra, por exemplo). Uma torre com os títulos mais vendidos já serve para que o produto apareça para o grande público, de preferência ao lado de um player rodando um BD e outro rodando o DVD do mesmo filme.

4 – NÃO MUTILEM!
Não cortem o áudio sem compressão, não cortem o formato de tela e não cortem os discos de extras! Brasileiro também gosta de qualidade e não adianta “fazer mágica” (viu dona Imagem?) para baratear os títulos na prateleira.

5 – MAIS TÍTULOS!
Tem muita coisa já lançada lá fora com legendas e áudio em PT-BR que ainda não chegou por aqui. Enquanto a replicadora não vem para a terra do macacão, tragam mais títulos e aumentem a oferta! Além dos colecionadores, as locadoras (que estão numa crise tremenda) também vão agradecer!

Eu ainda teria um sexto item para listar, que seria o combo DVD e BD. A Disney já faz isso nos EUA desde o ano passado e está dando certo. A Fox vai começar a fazer também, nos títulos mais “família” da produtora. Seria interessante oferecer um título em BD com um DVD junto, mas já sei que para as produtoras locais é impossível cobrar os mesmos R$50 de um lançamento por isso (quem sabe com a replicadora instalada aqui isso se modifica). É uma idéia interessante, pois quem ainda não tem um player já fica com um BD na coleção para o dia que comprar o aparelho. E quem já tem, pode comparar a tão falada qualidade de imagem e som do novo formato e mostrar para os amigos. Mas, de imediato, eu sei que isso é utopia.

O meu pensamento parte do princípio que as produtoras no Brasil devem ter o mínimo de interesse em vender mais, pelo simples fato delas terem uma predileção especial pelo (nosso) dinheiro, se é que vocês me entendem. O mercado de DVDs está saturado, o de locação de mal a pior. Download legal de filmes no Brasil é ficção (de larga a nossa banda não tem nada, e além disso é MUITO cara). Portanto, o novo formato é a salvação da lavoura digital, mas não vai se popularizar se todas produtoras ficaram pensando que Blu-ray é coisa de milionário.

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